domingo, 20 de novembro de 2011

TRANSSUBSTANCIAL

Qual a cor da vida
Às vezes bem sucedida?
Mas também ferida,
Então bundante,
Reage enfraquecida,
A vida sobrevivida. 

Qual o sabor da vida,
Tão sonhada e querida,
Ou também ingerida?
Sempre a buscamos mais,
Verdadeira ou iludida,
A vida enriquecida.

Qual a dimensão da vida,
Se há baixos e subidas,
Curta ou comprida?
Ela se ajusta num espaço,
Lembrada ou esquecida,
A vida  conduzida.

Qual o valor da vida,
Num corpo envaidecida,
Ou pobremente vestida?
Dizem não ter preço,
Mas é também vendida,
E no êxodo, dividida.

Para onde vai a vida,
Se pelo corpo é vencida?
TRANSSUBSTANCIAL solvida.
Ela não fica num túmulo,
Porque a matéria é destruída,
Mas a vida é  transferida.